Metrô-SP encerra serviço de bicicletários e os transforma em paraciclos sem controle de acesso

Desde 2 de janeiro de 2024, o Metrô de São Paulo não oferece mais serviço de bicicletarios nas Estações Sé (20 vagas), Guilhermina Esperança (155 vagas) , Carrão (110 vagas) e Itaquera (55 vagas), onde usuários podiam contar com presença de vigilante como controlador de acesso.

Os locais físicos ainda existem, mas foram transformados em paraciclos. Isso quer dizer que ciclistas podem deixar a bicicleta amarrada no local usando cadeado próprio, mas não terão a garantia de que ela estará lá na volta, pois sem a porta controlada por um vigilante, o acesso é permitido a qualquer pessoa e o Metrô não se responsabiliza mais pela segurança da bicicleta no local.

Quem descobriu a nova política do Metrô foi o Ciclonauta Urbano em 3 de janeiro. Ele foi até o bicicletário da Sé onde costuma deixar a bike para visitar clientes ou algumas livrarias no Centro, mas foi frustrado.

“Durante anos foi um porto quase seguro para quem fazia intermodalidade, passeios pelo Centro da Cidade, emergências 🚑, como foi meu caso hoje, entre outras. Eram poucas vagas, mas havia seguranças e a comodidade de horário, que com o tempo foi diminuída em comparação com o horário de funcionamento, desta que é a maior estação 🚉 de Metrô 🚇 da cidade”, disse em sua conta no Instagram.

“Possibilita a ampliação do horário”, diz o Metrô

Perguntado sobre os motivos da transformação dos bicicletários em paraciclos, o Metrô respondeu:

Desde o dia 2 de janeiro de 2024, os quatro bicicletários do Metrô passaram a atender o público no formato de paraciclos, adotando o modelo em funcionamento em toda a Linha 15-Prata e em outras 20 estações. A medida possibilita a ampliação do horário de guarda das bicicletas nas estações Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança, Carrão-Assaí Atacadista e Sé (Linha 3-Vemelha), que passarão a atender das 4h40 à 0h. Os passageiros poderão guardar suas bicicletas com o uso de cadeado próprio.

Com isso, o Metrô passa a contar com paraciclos em 35 estações, ofertando 1.300 vagas para a guarda gratuita das bikes. Além disso, os passageiros também podem transportar suas bicicletas nos trens de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h e das 21h até a meia-noite, enquanto aos sábados, domingos e feriados a entrada é permitida durante todo o dia.”

Linha Amarela

Já os bicicletários localizados nas estações da Linha4 Amarela (Pinheiros, Fradique Coutinho, Butantã, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia) operados pela ViaQuatro, mantêm a operação na modalidade guarda de bicicletas. (https://www.viaquatro.com.br/guia-do-usuario/bicicletario).

Foto da abertura: Paraciclo Sé – Instagram do Ciclonauta Urbano.


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2 comentários

  1. Hoje venho compartilhar com vocês uma história triste e frustrante que aconteceu comigo no dia 12/03/2024. Infelizmente minha bicicleta foi furtada no Bicicletário do Metrô Corinthians Itaquera.

    Eu sempre tomei todas as precauções possíveis para garantir a segurança do bem. Além do cadeado habitual, comprei um cadeado adicional usado para motocicletas, na esperança de tornar o furto praticamente impossível. Porém, mesmo com todos esses cuidados, acabei sofrendo um prejuízo financeiro considerável, no valor de R$ 2.500,00, além do estresse e da indignação que senti em relação à segurança pública e ao Metrô, que cancelou o contrato de vigilância.

    Assim que percebi o furto, entrei em contato com a equipe de segurança do Metrô, que coletou todas as informações necessárias, como meu nome, telefone, RG, além dos horários em que costumava deixar e retirar a bicicleta. Eles me informaram que todos esses dados seriam encaminhados à área responsável, mas sugeriram que eu também entrasse em contato com vocês.

    É realmente desanimador constatar que, mesmo contribuindo com o Metrô por tanto tempo, a falta de câmeras de vigilância e a ausência de um controle de acesso no bicicletário são evidências claras do total abandono do Metrô em relação à população. Acredito que medidas simples, como a instalação de câmeras, algum tipo de controle de acesso ou até mesmo a cobrança de uma taxa pelo uso do serviço, poderiam ter evitado essa situação.

    Sempre fui um parceiro fiel do Metrô, participando das reuniões mensais, oferecendo sugestões de melhorias e tirando dúvidas. Nossa parceria durou muito tempo e sempre senti o Metrô como parceiro da população, mesmo quando a relação entre passageiro e empresa excediam as dependências locais. No entanto, após o ocorrido, sinto-me desapontado com a falta de prioridade dada à segurança dos usuários.

    Compartilho essa história não apenas para desabafar, mas também para conscientizar a todos sobre a importância de pressionarmos por mudanças. Vamos nos unir e exigir que o Metrô tome medidas efetivas para garantir a segurança de nossas bicicletas e, consequentemente, a nossa própria segurança.

    Agradeço a atenção de todos e conto com o apoio de vocês nessa jornada por melhorias.

    Obs: Apenas para esclarecer que o Boletim de Ocorrências será feito e estou tratando o assunto com a Ouvidoria do Metrô através do protocolo 590054/2024

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