Estive no domingo (6/12) na ciclovia da CPTM, que hoje é administrada pela Farah Services, empresa que conseguiu o contrato de concessão para explorar comercialmente o local com a contrapartida de produzir melhorias nos acessos, tráfego e segurança. Apesar do cheiro ruim que exala do Rio Pinheiros e do barulho de bate-estacas próximo da Usina da Traição, pedalar por ali ficou bem melhor depois que a empresa assumiu.
Os banheiros estão limpos, o piso da ciclovia foi todo reformado, o trajeto está sinalizado com totens que exibem a quilometragem e os serviços de conveniência estão sendo instalados. No entanto, em plena pandemia, a fiscalização do uso de máscaras por quem ingressa na ciclovia é inexistente. E não é por falta de aviso. Em todas as entradas e nas áreas de descanso existem mensagens mostrando a obrigatoriedade do uso da máscara mas, na prática, você pode entrar sem ela que nenhum dos vigias vai impedi-la. É uma pena, visto que pedalar em grupo sem máscara pode aumentar o risco de se contrair Covid-19.
Mas esse comportamento temerário não é característica só da turma da speed que usa aquela ciclovia como alternativa de treino ao bloqueio a que estão submetidos na USP. O campus Butantã não pode ser usado ciclistas esportivos devido ao alto número de colisões com automóveis e atropelamento de pedestres que os tais pelotões causaram ao longo dos anos.
O ciclista domingueiro pouco se importa com o uso da máscara e isso é evidente em toda a cidade, é só dar uma pedalada pelas ciclofaixas de lazer que você vai constatar o que eu digo.
O site Vá de Bike traz a opinião de um médico que afirma a necessidade de uso da máscara pelos ciclistas.