Do jeito que está impreciso o edital divulgado em 19 de janeiro deste ano que concede à iniciativa privada a administração das vagas de estacionamento rotativos nas ruas de São Paulo – Zona Azul – por 15 anos, só a empresa que adquirir o serviço pode ser dar bem, afirmam ativistas da bicicleta e dos pedestres.
A concorrência já está adiantada e os envelopes serão abertos em 20 de maio. O valor estimado do contrato é de R$ 2,05 bilhões e prevê um pagamento mensal mínimo à prefeitura pela concessionária de
R$ 6,13 milhões mensais . Veja a publicação no Diário Oficial de 26/10/2018 com a primeira versão do edital e consequente abertura de audiência pública para recebimento de propostas da sociedade.
Ciclocidade e Cidadeapé, duas ONGs de ativistas da bicicleta e de pedestres soltaram uma nota conjunta alertando a sociedade para o perigo que essa concorrência internacional representa para a modernização e humanização dos transportes em São Paulo.
“Ao passar para o setor privado o direito de explorar as vagas de estacionamento rotativo da cidade sem um plano prévio, a Prefeitura reduz a possibilidade de usar para outros fins o espaço viário já destinado a automóveis. Isso porque, como o contrato não prevê diretrizes claras para isso, a remoção dessas vagas em determinados locais – para implantar faixas exclusivas de ônibus, ciclofaixas ou estender calçadas, por exemplo – estaria submetida à negociação com uma empresa que lucra com a exploração desse espaço.”