Contrato milionário da Ciclofaixa de Lazer em São Paulo é prorrogado pela prefeitura até 2027

Os 114 quilômetros da Ciclofaixa de Lazer de São Paulo que são montados aos domingos e feriados prioritariamente no centro expandido da cidade vão continuar sendo pagos com dinheiro do Tesouro Municipal. A Secretaria de Mobilidade Urbana e Transportes da administração Ricardo Nunes (MDB), renovou por mais 24 meses, a partir de 22 de abril, o contrato vigente com o Consórcio Moove, assinado dois anos atrás.

O valor aditado será o mesmo do contrato inicial: R$ 83,39 milhões, perfazendo um total de R$ 166,79 milhões em 48 meses. Haverá um reajuste nos valores pela inflação medida pelo IPC-Fipe.

É dinheiro à beça. Para se ter uma ideia, a prefeitura construiu 43 quilômetros de ciclovias em concreto armado, resultantes das concorrências 002 e 003/2020, e pagou aproximadamente R$ 23 milhões. Ou seja, o valor pago pela ciclofaixa de lazer daria para fazer, numa conta muito simples, pelo menos 300 quilômetros de novas ciclovias, que seriam definitivas.

Vale lembrar que a Ciclofaixa de Lazer só começou a ser paga com dinheiro municipal pela inépcia da administração Nunes/Covas em atrair novos patrocinadores para substituírem a Bradesco Seguros (2009 a 2019) e a Uber (2020 a 2022). Agora, a SMT terá esses próximos dois anos para buscar formas de continuar com a atividade da ciclofaixa sem usar dinheiro público. Se isso não acontecer, é provável que o serviço seja extinto a partir de 22 de abril de 2027, quando se encerra definitivamente o contrato com o consórcio, que não poderá ser mais prorrogado.


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