Segundo chamamento para a ciclofaixa de lazer de SP não atrai marcas e serviço pode ser interrompido a partir de 28 de agosto

Tudo indica que, pela segunda vez, desde a criação em 2009, as atividades da Ciclofaixa de Lazer de São Paulo serão interrompidas sem previsão de retorno. Como a Uber desistiu de renovar o Termo de Cooperação e o segundo chamamento público da Prefeitura não atraiu nenhuma marca interessada, quem quiser dar um rolê pela cidade tem só mais dois domingos, 14 e 21 de agosto, para aproveitar. Depois, ninguém garante nada.

Foi o que comentaram alguns representantes da CET e SMT durante a última reunião da Câmara Temática da Bicicleta, ocorrida no começo deste mês. Ainda que oficialmente a administração de Ricardo Nunes diga que o serviço não será interrompido, os servidores públicos comentaram que não existe condições nem de fazer um contrato emergencial para contratar alguma empresa que preste o serviço com dinheiro da Prefeitura, nem de colocar a própria Cia. de Engenharia de Tráfego para montar e desmontar o sistema de segregação de faixas.

A ciclofaixa se estende por 114 quilômetros e demanda mais de 18 mil cones e 700 pessoas por ativação. No termo vigente, o Uber gastou R$ 11,5 por ano.

Dois chamamentos, nenhum patrocinador

A Prefeitura fez dois chamamentos para atrair patrocinadores. Um já foi encerrado, pois duas instituições apresentaram propostas que não atendiam ao que pede o edital. A administração municipal fez, então, um segundo chamamento, que teve uma sessão presencial dia 9 de agosto passado, mas só uma empresa apresentou proposta que está sendo avaliada pela comissão criada pela Secretaria de Mobilidade.

Ocorre que a proposta é da Agência Coranda, empresa de publicidade que participou do chamamento 001 e teve a proposta recusada por não apresentar o patrocinador ou marca que vai bancar o custo de R$ 6.130.000,00 que ele estima gastar para fazer as 18 ativações ao longo de 180 dias, prazo estabelecido pelo edital.

A proposta (veja a seguir) que a Coranda enviou no segundo chamamento é praticamente a mesma daquela enviada e recusada no primeiro e também não apresentou patrocinadores. Só mudou o custo que, agora, é de R$ 6.250.000,00.

Foto de abertura – Ivson Miranda: Ciclofaixa de lazer na avenida República do Líbano – 12/08/2019


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