Exclusivo! Ricardo Teixeira deixa pasta da Mobilidade de SP. Ex-DER assume

O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) está de saída do comando da secretaria de Mobilidade e Trânsito da Cidade de São Paulo, cargo que ocupa desde agosto de 2021. Vai ser substituído, a partir de 15 de maio, por Celso Gonçalves Barbosa, ex-superintendente do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DER-SP) durante o curto governo de Rodrigo Garcia (PSDB) à frente do estado.

Celso Barbosa assume mobilidade de SP.- Crédito página da SMT

Barbosa (foto) foi nomeado secretário-adjunto da SMT em 16 de março de 2023 e vem sendo apresentado aos poucos para o corpo de funcionários da SMT, por onde já passou antes. Ele foi diretor de operações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na gestão do secretário de Transportes do ex-prefeito Bruno Covas, Edson Caram entre 2018 e 2021.

A saída de Teixeira da SMT paulistana não tem nada a ver com os resultados ruins que ele deixa na pasta, que incluem o caos nos semáforos, o aumento significativo das mortes e lesões de trânsito, a redução na quantidade de linhas e ônibus do transporte público, a lentidão na implantação de novas ciclovias (e a falta de manutenção das existentes), a inexistência de uma política de alargamento de calçadas para pedestres ou a obrigação que taxistas têm de se cadastrar no aplicativo SPTaxi para poderem renovar o cadastro que os permite trabalhar na cidade.

A saída dele também não tem nada a ver com os resultados considerados positivos internamente, tais como a pirotecnia do projeto piloto que pretende implantar faixas exclusivas para motocicletas em 200 quilômetros de ruas e avenidas da cidade, o croqui da motovia da Marginal Tietê ou a implantação do aplicativo MobiZap, uma espécie de clone do Uber, nem com o pedido de alargamento de ciclofaixas que fez recentemente para a CET.

Caiu pra cima

A decisão foi estritamente política. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem trocado secretários e outros executivos do alto escalão da prefeitura para tentar conseguir mais resultados que o credenciem para ser um nome forte na reeleição do ano que vem.

Pesquisas mostram que 60% da população da Capital não sabem o nome dele.

Outra motivação está num desejo antigo do União Brasil da cidade. A volta de Teixeira aumenta automaticamente a bancada do partido de Milton Leite na Câmara para sete cadeiras, já que o vereador que ocupa a vaga de Teixeira na casa, o Missionário José Olímpio, migrou para o PL, mas continuou com o direito de ser suplente por ter sido eleito em 2020 pelo Democratas, partido que se fundiu com o PSL para criar o União Brasil.

O último dia de José Olímpio na casa é sexta-feira, 12 de maio.

Teixeira, dessa forma, “cai para cima”. Além de reforçar a bancada no legislativo, ele tem sido aventado como um nome de consenso entre Leite e Nunes para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas do Município (TCM) em substituição ao conselheiro Maurício Faria, que se aposenta neste mês por completar 75 anos de idade.

Outra possibilidade está em concorrer ao cargo de presidente da Câmara dos Vereadores em dezembro deste ano, substituindo Milton Leite, que esboçou desejo de encerrar a vida pública ao terminar o mandato em 2024.

Uma das últimas ações de Teixeira à frente da secretaria foi pedir alargamento de ciclovias

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