Prefeitura agora vai pagar para implantar a Ciclofaixa de Lazer em São Paulo

A Prefeitura de São Paulo diz que não tem dinheiro para isentar a tarifa de ônibus para eleitores no dia 30, mas tem R$ 8,7 milhões para contratar empresa para manter a Ciclofaixa de Lazer funcionando por meio de um “contrato emergencial” cujo despacho de autorização será publicado amanhã no Diário Oficial do Município, segundo informou a Secretaria de Mobilidade e Trânsito.

Diz a nota

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa que realizou contratação emergencial para a Operação da ciclofaixa de lazer aos domingos e feriados, das 7 às 16 horas. A empresa contratada é a BK consultoria e serviços Ltda, inscrita no CNPJ sob n. 03.022.122/0001-77, pelo valor total estimado de R$ 8.746.990,00 (oito milhões, setecentos e quarenta e seis mil e novecentos e noventa reais), pelo período de até 90 (noventa) dias, a partir de 23/10/2022. 
No próximo domingo, 23/10, a sinalização com cones, faixas e banners será implantada em 100% da Operação. O funcionamento dos orientadores de travessia (bandeirinhas) será de forma parcial, pois a empresa está fase de contratação da mão de obra. A CET realizará o apoio operacional em todo o trecho.

O contrato emergencial pode ser suspenso a qualquer tempo, caso a empresa Coranda corrija as irregularidades apontadas e suas justificativas sejam acatadas.

Assim que tivermos acesso aos documentos que justifiquem a tal emergência, publicaremos aqui.

O fato é que se a Prefeitura entende que a interrupção do contrato que a Agência Coranda possui (e que não tem nenhum ônus para a cidade, por ser um termo de cooperação baseado em cessão de espaço publicitário) para operar a Ciclofaixa é tão danoso para a população que enseja um contrato de emergência em que é o Tesouro Municipal quem banca, então é necessário que a a administração Ricardo Nunes (MDB) abandone de vez o modelo usado com a Coranda e faça uma concorrência em que empresas possam participar em igualdade de condições, seguindo o que manda a Lei 8.666.